Embora sempre tenha tido bons resultados em minhas aulas na universidade, observei constantemente aproximações lingüísticas de todos os tipos (problemas de prosódia e morfossintaxe), sem mencionar os problemas de atenção e a perda de interesse recorrente em meus alunos … É por isso que eu estava procurando já há algum tempo se não havia formas diferentes de ensinar para dar nova vida às minhas aulas.
Foi durante o congresso da FIPF, organizado em Liège em 2016, que descobri a ANL. Olivier Massé me contou sobre sua experiência e me pôs a pulga atrás da orelha. Eu imediatamente comecei algumas leituras estimulantes sobre o assunto, mas demorei um pouco para ter tempo para fazer uma formação concreta. Assim que terminei o curso intensivo de formação inicial em março passado, pude imediatamente começar a praticar essa metodologia com meus alunos. Depois de algumas horas de aula, já fizemos uma mudança de 180 graus!
Os benefícios são duplos e são visíveis tanto para os meus alunos como para mim enquanto professora. Começar as sequências pedagógicas imediatamente através de interações orais para construir sua gramática interna levou a resultados inesperados para meus alunos. Na comunicação oral, a pedagogia da frase permite aos alunos se expressarem desde o início de maneira precisa e coerente. A prosódia deles também melhorou significativamente e agora eles têm vontade de falar em sala de aula, expressando-se com espontaneidade. Isso se reflete na leitura, que começa a fazer sentido para eles, já que agora se concentram no significado do que leem e não mais nas formas linguísticas. Quanto à escrita, ela não causa mais problemas: meus alunos escrevem mais rápido, com prazer e sem tentar traduzir. Eles quase não cometem erros! E isso se traduz, para mim, em muito menos correções para fazer … é só felicidade!
Finalmente, outro efeito positivo da ANL: eu mesma estou mais motivada para preparar meus cursos, e meus alunos veem claramente isso. Não há mais necessidade de usar um manual, agora procuro projetos de classe de acordo com interesses deles, projetos nos quais eu possa também usar minha criatividade. Como sempre falamos sobre nós mesmos, as aulas são mais dinâmicas graças a trocas naturais, relativas às nossas respectivas vidas, e a atmosfera em sala de aula não se parece mais com os cursos tradicionais de francês que costumamos ver por aí e que eu dava antes.
Existe um antes e depois da ANL, disso eu posso ter certeza! Depois de passar por essa estrada, não dá mais para voltar atrás. E como eu queria saber mais, eu acabei de fazer o curso de formação ANL3 para criar materiais pedagógicos, realizado pela Sra. Joan Netten. Eu aprendi muitas coisas essenciais sobre a pedagogia da literacia em língua estrangeira que eu sequer suspeitava. Minha curiosidade está borbulhando e agora desejo continuar me aperfeiçoando nesse campo.
Se você tiver dúvidas sobre a eficácia dos métodos utilizados atualmente e sobre suas estratégias de ensino atuais, só posso encorajá-lo a fazer um curso de formação inicial, você rapidamente vai formar a sua própria opinião. Mas cuidado, ao embarcar na abordagem neurolinguística, é uma jornada sem retorno! Boa viagem pedagógica para todos aqueles que se questionam!
Marion INGRASSIA, MA.
Professora de Francês Língua Estrangeira (FLE)
Universidad Espíritu Santo – UEES
República do Equador